domingo, 20 de novembro de 2011

O Último Olimpiano: A Aventura Que Está na Moda

O livro “O Último Olimpiano” é um esperado desfecho da série Percy Jackson e os Olimpianos, de Rick Riordan, que encantou crianças e adolescentes de todo o mundo.
Como leitor, admito: a espera foi longa, assim como a ansiedade, já que o livro foi lançado nos EUA em 2009 e no Brasil, somente em 2010, pela editora Intrínseca. O enredo constitui-se de detalhes dos volumes anteriores (já que é o último livro da série), onde Percy Jackson e seus amigos devem derrotar o exército de Titãs que marcha para destruir o Olimpo, para assim, trazer o fim para os deuses olimpianos. Desde as histórias anteriores, os Titãs tem ficado cada vez mais poderosos e a dúvida aqui realmente intriga: será que os heróis conseguirão salvar o Olimpo e, assim, a humanidade?
Após ter lido as quatro obras passadas, a ansiedade é imensa. Quando se abre a lê-se o primeiro parágrafo fica-se sem fôlego. Tudo começa rápido e com ação, sendo a primeira oração: “o fim do mundo começou quando um Pégaso pousou no teto de meu carro.” O que se imagina com isso? O que o leitor pensa e cria com essa imagem? Uma porta é aberta revelando um mundo de originalidade e de situações absurdas, somente possíveis de ocorrer no campo da ficção, onde a genialidade de Rick Riordan e a mitologia grega, se fundem, indo longe.
Para aqueles que detestam livros cansativos, tediosos, monótonos e parados, vão com certeza aprovar “O Último Olimpiano”, já que existe uma guerra a cada capítulo.
Riordan, tirando criatividade não sei de onde, trás para o final da série milhares de revelações, mistérios e personagens, que, até então, não eram importantes e passam a ser. Conforme a rápida e entretida leitura passava, me imaginava sempre ao lado de Percy, como se eu participasse da história. Tentava sempre adivinhar o que aconteceria no próximo capítulo ou página, mas confesso: era difícil e errava bastante. Os conflitos parecem se resolver aos poucos, contudo, simplesmente se problematizam cada vez mais, fazendo a trama chegar a um ponto de tensão grandíssimo, onde ousei a pensar que Percy e seus amigos não conseguiriam completar a missão de conquistar a vitória.
Não vou revelar nada, mas tenho certeza que todos que leram ou que lerão “O Último Olimpiano” ficaram ou ficarão tocados pelas mortes de personagens que só ganham importância nessa incrível publicação.
Para um final de série, Rick Riordan consegue agradar a todos os amantes do Acampamento Meio-Sangue, inclusive a mim. É um desfecho excelente, assim como os outros “Percy Jacksons”. Com certeza Riordan vai longe, sempre dando aos fãs, o que gostam de ler.
Porém, agora com um olhar mais crítico e profissional, “O Último Olimpiano”, assim como os outros livros da série, possuí uma estratégia de venda bastante interessante.
O autor, ao escrever sobre uma ficção que está cada vez mais na “moda”: a famosa mitologia grega, e com uma linguagem fácil, divertida e informal, consegue prender a atenção de um público infanto-juvenil imenso. Além disso, as capas dos volumes de “Percy Jackson” são incrivelmente bem ilustradas e, portanto, chamam a atenção de qualquer um que passe pela livraria e veja os desenhos coloridos de John Rocco.
No entanto, apesar de parecer completamente original, a série de Riordan já foi acusada e criticada por ter grandes semelhanças com a obra de J. K. Rowling, a saga Harry Potter. Diz-se que o trio protagonista Percy, Grover e Annabeth se assemelha a Harry, Ron e Hermione, e ainda, que o Acampamento Meio-Sangue é como Hogwarts. Critica-se também, que a jornada de Percy é acompanhada por Quíron, um velho sábio e experiente, enquanto Harry, conta com Dumbledore, como instrutor.
Contudo, acredito que Rick não teve intenção de copiar ou de se assemelhar, de propósito, a Harry Potter, e é o que algumas outras críticas também dizem.
Assim que foi lançado, “O Último Olimpiano” ficou entre os livros mais vendidos nos EUA e no Brasil e ganhou diversos prêmios e boas críticas, inclusive do “Booklist” que afirma: “Aventura em alta voltagem, impossível de largar”.
Mesmo assim, é um livro que está na moda agora, que, apesar de agradar diversos leitores, no futuro, talvez, não será um livro muito importante, nem muito conhecido. “O Último Olimpiano” é uma obra do presente, dessa geração de jovens. Não é como “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne, que até hoje vive e encanta milhões de pessoas ao redor do mundo.

       Por: Guilherme Pedra

Fontes dos textos de apoio: